Flexibilidade e fadiga cíclica de instrumentos fabricados com métodos diferentes

Objetivo: o presente estudo comparou o comportamento mecânico de instrumentos de níquel-titânio que apresentavam forma geométrica semelhante, porém, produzidos por métodos de fabricação diferentes. Métodos: foram usados, para o teste de flexibilidade e de flexão rotativa, vinte instrumentos 25/0,06 RaCe (FKG Dentaire, La Chaux-de-Fonds, Suíça), com 25mm de comprimento, produzidos por fio de NiTi convencional (usinados); 20 instrumentos endodônticos especiais 25/0,06 Twisted File (TF) (SybronEndo, Orange, EUA), com 27mm de comprimento, fabricados por torção; e 20 instrumentos endodônticos 25/0,06 ProFile Vortex (Dentsply Tulsa Dental, Tulsa, EUA), com 25mm de comprimento, feitos com liga M-Wire. Cada grupo dos respectivos ensaios teve 10 instrumentos de cada fabricante. Resultados: o teste paramétrico ANOVA mostrou que houve diferença significativa entre os valores de carga máxima, na seguinte ordem decrescente: ProFile Vortex > RaCe > TF (p < 0,01). Com o ensaio de flexão rotativa, o teste paramétrico ANOVA, com nível de significância de 1%, mostrou que os instrumentos RaCe tiveram uma diferença significativa menor para a fratura do que os instrumentos ProFile Vortex, que foram significativamente inferiores aos instrumentos TF, com relação ao tempo e ao número de ciclos (p < 0,01). Conclusão: os instrumentos TF foram mais flexíveis do que os instrumentos RaCe, que foram menos resistentes à flexão do que os instrumentos ProFile Vortex. Considerando-se o ensaio de flexão rotativa, os instrumentos TF apresentaram um desempenho significativamente superior com relação ao tempo e ao número de ciclos para a fratura (NCF) do que os outros instrumentos testados.