Avaliação da dor pós-operatória após tratamento endodôntico com variação da profundidade de penetração da agulha de irrigação

Introdução: A ocorrência de dor na Endodontia pode interferir no sucesso do tratamento, podendo ser influenciada pela adequada irrigação ao longo da extensão do canal radicular. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar a dor pós-operatória por meio de uma Escala Visual Analógica em pacientes submetidos a tratamento endodôntico de dentes unirradiculares, variando a profundidade de penetração da agulha de irrigação. Métodos: 46 pacientes foram submetidos a tratamento endodôntico em dentes unirradiculares, com sistema Protaper Next até X4, e a irrigação foi feita com 5 mL de hipoclorito de sódio a 2,5% entre cada instrumento, com agulha de irrigação 30G de saída lateral, de acordo com cada grupo (n = 23): grupo 1MM, com penetração da agulha 1 mm aquém do comprimento de trabalho (CT), determinado como 1 mm do forame apical; e grupo 3MM, no qual o limite de penetração da agulha foi 3 mm aquém do CT. Em seguida, foi executado protocolo de irrigação final, com 3 mL de EDTA a 17% e hipoclorito a 2,5%, agitados por Easy Clean, e obturados na mesma sessão. Resultados: A análise estatística de Kruskal-Wallis mostrou não haver diferenças significativas entre os grupos no que diz respeito à ocorrência e intensidade da dor pós-operatória (p = 0,05). Conclusão: A variação na profundidade de inserção da agulha de irrigação não foi responsável por diferenças na dor pós-operatória.